sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Níveis de gases do efeito estufa atingem novo recorde

Secretário-geral da Organização Mundial de Meteorologia disse que bilhões de toneladas de dióxido de carbono extra iriam permanecer por séculos na atmosfera
Os volumes de gases do efeito estufa, apontados como responsáveis pelas mudanças climáticas no planeta, alcançaram um novo recorde em 2011, informou a Organização Meteorológica Mundial em seu boletim anual sobre o efeito estufa, divulgado nesta terça-feira (20).
A quantidade de dióxido de carbono, o principal gás do efeito estufa emitido pelas atividades humanas, se expandiu num ritmo semelhante ao da década anterior e chegou a 390,9 partes por milhão (ppm), 40 por cento acima do nível pré-industrial, de acordo com o levantamento.
O volume cresceu a uma média de 2 ppm nos últimos dez anos.
Os combustíveis fósseis são a fonte principal de cerca de 375 bilhões de toneladas de carbono liberados na atmosfera desde o início da era industrial, em 1750, afirmou a organização.
O secretário-geral da entidade, Michel Jarraud, disse que bilhões de toneladas de dióxido de carbono extra iriam permanecer por séculos na atmosfera, provocando mais aquecimento no planeta.
"Já temos visto que os oceanos estão ficando mais ácidos, com repercussões potenciais para a cadeia alimentar subaquática e os recifes de coral", disse ele em um comunicado.
Níveis de metano, outro gás do efeito estufa que permanece por muito tempo na atmosfera, aumentaram com consistência nos últimos três anos depois de terem ficado estabilizados por cerca de sete anos. Os motivos para essa estabilização ainda não estão claros.

Fonte: Reuters

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Ensaio traz beleza refletida em 'espelho natural'

Artista registra os Reflexos da Natureza!
O fotógrafo amador Roger Merrifield, de 46 anos, registrou uma série de imagens retratando a natureza da Grã-Bretanha, sempre refletida nas plácidas águas de lagos no norte do país.
As fotos de Merrifield foram feitas durante a mudança de estação característica do outono e flagram as cores características dessa estação, com tons vívidos de vermelho, laranja e marrom.
Os efeitos dos reflexos que ele registra por vezes são tão fortes que as imagens chegam a dar a impressão de que foram criadas artificialmente com o auxílio de computadores.
Merrifield diz que o outono é sua estação favorita do ano e que a maior parte de suas fotos costumam ser registradas nesta época do ano.
Ainda que um amador, ele é bastante obsessivo e passional em relação aos temas de suas imagens.
E viaja várias vezes ao ano às regiões onde mais aprecia registrar fotos, entre elas as Terras Altas da Escócia, para flagrar ''o esplendor do outono''.

O fotógrafo amador Roger Merrifield capturou uma série de paisagens da natureza britânica durante o outono, sempre refletidas em lagos. Esta foto foi registrada por ele em Buttermere, na Região dos Lagos, no noroeste da Inglaterra

As fotos de Merrifield por vezes lembram pinturas, como esta que remete a um quadro impressionista. Esta paisagem mostra a vegetação em torno do rio Wharfe, em Boton Abbey, na Inglaterra


Os reflexos presentes nas imagens do fotógrafo amaador conferem a elas um tom aspecto surrealista, como se tivessem sido alteradas com o auxílio de um computador.

Aqui, o fotógrafo voltou sua lente para o Lago Etive, também na Escócia. Ele comenta que as Terras Altas escocesas são particularmente interessantes, devido às suas transformações de cores e ambientes, características do outono

As fotos de Merrifield por vezes lembram pinturas, como esta que remete a uma aquarela de Turner, o mestre inglês do século 18 que tinha na natureza sua maior musa.

A Ilha de Skye se caracteriza por sua paisagem agreste, com pouca vegetação, o que a distingue da Escócia continental. Merrifield mostra aqui o Lago Caol.

Aqui, Merrifield não precisou ir longe para clicar esta bela imagem. Ele captou a beleza da Reserva de Thirlmere, em Keswick, na região de Cúmbria, na Inglaterra, onde mora.

O fotógrafo conseguiu registrar com habilidade os diferentes tons característicos do outono britânico, a sua estação favorita do ano.

Merrifield é fascinado por regiões ao norte da Grã-Bretanha, em especial a Escócia, onde, segundo ele, é mais fácil flagrar o ''esplendor do outono''. Esta imagem foi feita no Lago Glencoe, nas Terras Altas da Escócia.

BBC BRASIL

Fenômenos naturais criam 'pinturas e esculturas' exóticas

Galeria reúne fotos de estruturas com formas e cores surpreendentes, criadas pela natureza

As imagens reunidas pela agência Caters expõem desde as vívidas cores de uma fonte de águas termais até uma formação rochosa que lembra uma escultura reproduzindo um elefante.
Todas estas ''obras'' foram, na verdade, ''pintadas e esculpidas'' pela natureza.
As fotos mostram belas estruturas formadas por fenômenos naturais ao longo de séculos ou até milhões de anos.
Muitas delas chegam a se parecer com paisagens de mundos imaginários, mas são estrutuas bem reais de nosso mundo, cujo formato exótico se deve tão somente ao toque da natureza.
Alguns destes fenômenos naturais ainda deixam cientistas perplexos e atraem visitantes que querem apreciar de perto as formas intricadas.
A chamada 'Onda', situada no Estado americano de Utah, foi formada por rocha esculpida por inúmeros séculos de erosão. A estrutura fica em território indígena Navajo e é formada por arenito da Era Jurássica, há cerca de 190 milhões de anos (Steffen e Alexandra Sailer / Ardea / Caters News).

Esta formação rochosa no Paque Estadual Vale do Fogo, no Estado de Nevada, nos EUA, é uma estranha estrutura natural "esculpida" pelo vento, cuja forma se assemelha a um elefante, daí seu nome, 'Elephant Rock Formation' (Steffen e Alexandra Sailer / Cater News).

O Lago Hiller, no oeste da Austrália, é lendário por suas águas rosadas. Cientistas ainda não chegaram a uma conclusão sobre os motivos do fenômeno, mas descarataram a hipótese de que isso seria causado por algas, que, quando em grandes concentrações, costumam provocar colorações exóticas em lagos e mares (Jean Paul Ferrero / Ardea / Cater News).

O Grande Lago Azul, em Belize, é uma vasta depressão submarina de 91,5 metros de comprimento e 124 metros de profundidade. O lago foi formado após diversas glaciações no período Quaternário, quando os níveis dos mares eram bem menores que os atuais (Kurt Amsler / Ardea / Cater News).

A chamada 'Champagne Pool' é uma fonte natural multicolorida na região de Waiotapu, da Nova Zelândia, uma área de intensa atividade geotérmica. A temperatura da superfície da fonte é de 74 graus Celsius e suas bolhas são produzidas a partir da liberação de dióxido de carbono. Na fonte existem ouro, prata, mercúrio, enxofre e arsênico (Steffen e Alexandra Sailer / Ardea/ Cater News).

Os Pedregulhos Moreaki, da Nova Zelândia, são enormes estruturas rochosas que se formaram no fundo do oceano, mas que, após séculos de erosão, acabaram vindo à superfície. Eles se parecem com ovos de um réptil enorme ou com cascos de tartarugas gigantescas (Steffen e Alexandra Sailer / Ardea / Cater News).

Os picos Tufa, no Lago Mono, na cordilheira de Sierra Nevada, nos Estados Unidos, são uma bacia hidrológica fechada, o que significa que a água flui para dentro dela, mas não sai. O único meio da água deixar a bacia é por meio da evaporação.

Os peculiares picos do Parque Nacional de Nambung, no oeste da Austrália, são incríveis estruturas de calcário, algumas das quais chegam a medir cinco metros. Elas se formaram há aproximadamente 30 mil anos, após o mar ter recuado e deixado depósitos de conchas. Com o tempo, os ventos que atingem a região costeira, retiraram a areia das imediações deixando estes pilares expostos
(Jean Paul Ferrero / Ardea / Cater News).

Esta gigantesca cratera fica no Parque Nacional Jaua-Sarisarinama, na Venezuela. Ela se formou a partir de uma depressão na superfície terrestre (Adrian Warren / Ardea / Cater News).

Este lago situado numa cratera vulcânica foi formado há 150 anos, após o colapso do vulcão Monte Mazama. O lago fica no Crater Lake National Park, no Estado americano do Oregon. (Francois Gohier / Ardea / Cater News).

BBC BRASIL

Cerca de 85% dos brasileiros separariam o lixo caso houvesse coleta seletiva

Pesquisa do Ibope também mostrou que apesar da disposição em contribuir, 64% dos entrevistados não têm meios para o descarte sustentável dos resíduos

Pesquisa do Ibope mostra que falta serviço de coleta seletiva no País

A maioria (85%) dos brasileiros que ainda não conta com coleta seletiva estaria disposta a separar o lixo em suas casas, caso o serviço fosse oferecido nos municípios, aponta pesquisa divulgada nesta quarta-feira (28) pelo Programa Água Brasil. Apenas 13% dos entrevistados declararam que não fariam a separação dos resíduos e 2% não sabem ou não responderam. O estudo, encomendado ao Ibope, entrevistou 2.002 pessoas em todas capitais e mais 73 municípios, em novembro do ano passado.
Apesar da disposição em contribuir para a destinação adequada dos resíduos sólidos, o percentual dos que não têm meios para o descarte sustentável chega a 64% dos entrevistados. A quantidade de pessoas que contam com coleta seletiva ou que têm algum local para deixar o material separado representa 35% da amostra.

Em relação aos produtos que costumam ser separados nessas casas, as latas de alumínios ficam em primeiro lugar, com 75%, seguidas pelos plásticos (68%), papéis e papelões (62%) e vidros (55%). Os eletrônicos, por outro lado, são separados por apenas 10% dos entrevistados. Cerca de 9% dos entrevistados não separam nenhum material mesmo que o serviço de coleta seletiva esteja implantado na sua região.
Dos que contam com o serviço de coleta seletiva, metade (50%) dos casos tem a prefeitura como responsável pelo trabalho. Catadores de rua (26%), cooperativas (12%) e local de entrega (9%) aparecem em seguida dentre os meios de coleta disponíveis.
O estudo aponta também que a proposta de uma tarifa relaciona ao lixo divide opiniões. A ideia de que quem produz mais resíduos deve pagar uma quantia maior é aprovada completamente por 13% dos entrevistados, 23% concordam parcialmente. Os que discordam completamente a respeito do pagamento da taxa somam 36%. Há ainda os que não concordam, nem discordam (16%) e os que discordam em parte, com 10%.
Na hora de consumir, práticas sustentáveis ainda são deixadas de lado. Preço, condições de pagamento, durabilidade do produto e marca lideram as preocupações do consumidor brasileiro. O valor do produto, por exemplo, é considerado um aspecto fundamental por 70% dos entrevistados. Características do produto ligadas à sustentabilidade, no entanto, como os meios utilizados na produção, o tempo que o produto leva para desaparecer na natureza e o fato de a embalagem ser reciclável, ficam em segundo plano.
Os entrevistados responderam ainda quais produtos devem ser menos usados em suas casas nos próximos três anos. O campeão foi a sacola plástica. O produto é comprado com frequência em 80% das residências, mas 34% dos entrevistados esperam reduzir o consumo. Em seguida aparecem os copos descartáveis (31%), bandejas de isopor (22%) e garrafas PET (21%). No fim da lista, entre os que devem permanecer com alto percentual de consumo, estão os produtos de limpeza perfumados. Apenas 9% estimam que irão reduzir o uso desses materiais.
O Programa Água Brasil é uma iniciativa do Banco do Brasil, da Fundação Banco do Brasil, da Agência Nacional de Águas (ANA) e da organização não governamental WWF-Brasil, com intuito de fomentar práticas sustentáveis no campo e na cidade.

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Quanto mais verde, melhor

 

O Brasil é o quarto país do mundo com mais prédios com o selo Leed de construção sustentável. Ter ou alugar um edifício com essa certificação não sai barato, mas os ganhos ambientais e de imagem são grandes atrativos.

O Eldorado Business Tower é um imponente edifício de 32 andares que se destaca na paisagem da marginal Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. Por estar afastado do conjunto de espigões da avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, na zona sul da cidade, ele parece não ter concorrentes à altura. E, em certo sentido, não tem mesmo. O empreendimento é o primeiro - e, até o momento, o único - no Brasil que obteve a certificação platina, categoria máxima da Leadership in Energy and Environmental Design (Leed), o principal selo de construção sustentável do mundo. Ao todo, apenas 44 prédios corporativos no mundo pertencem à categoria platina do selo verde emitido pelo Green Building Council (GBC). A pedido de EXAME, o GBC Brasil fez um ranking dos cinco prédios mais verdes do país. Além do Eldorado Business Tower, completam a lista o Eco Berrini, o Rochaverá Corporate Tower, o WTorre Nações Unidas e o WTorre JK. Todos eles ficam em São Paulo e, com exceção do Eldorado Business Tower, pertencem à categoria ouro, logo abaixo da platina (o Eco Berrini está em processo final de avaliação para ser elevado ao padrão platina).

Vistos de fora, esses prédios verdes não dão a dimensão exata do que têm de diferente - mas trazem, dentro de si, uma série de características inovadoras. Quando chove, o Eldorado Business Tower - que tem inquilinos como Gerdau, Odebrecht e General Electric - retém 25% da água que iria parar no rio Pinheiros, reduzindo o risco de alagamentos na vizinhança. A água captada pelo prédio é reaproveitada na irrigação dos jardins e nos vasos sanitários. Os elevadores possuem um mecanismo que recupera energia elétrica durante as descidas. Os vidros de alto desempenho permitem a entrada de 75% da luz solar no edifício e, ao mesmo tempo, deixam 72% do calor do lado de fora. Esse material especial representou um custo adicional de 2,5 milhões de reais para a obra, mas permitiu redimensionar o sistema de refrigeração, gerando uma economia de 4,5 milhões de reais na compra do ar-condicionado.

O Eco Berrini, uma torre de 32 andares, de propriedade do fundo de pensão Previ e alugado para a Telefônica, é mais um prédio que, à primeira vista, se parece com tantos outros edifícios modernos de São Paulo. Mas é uma das primeiras construções na cidade que, desde sua concepção, foi planejada para obter a certificação Leed. Sua fachada é toda envidraçada, o que garante a excelente luminosidade e reduz o consumo de energia. Para evitar a entrada excessiva de calor, a solução foi dividir as janelas que vão do chão ao teto do pavimento em três partes - as janelas superior e inferior, com vidros especiais, retêm mais calor.

Localizado também na região da marginal Pinheiros, o Rochaverá Corporate Tower, da incorporadora Tishman Speyer, é um dos maiores complexos comerciais de alto padrão de São Paulo. Ocupando um terreno de 34 000 metros quadrados, destaca-se por possuir inúmeras áreas verdes, que tornam o ambiente acessível aos que trabalham ou moram nas imediações. É como uma praça interligando uma estação de trem e os dois shoppings vizinhos. "Essa preocupação de inserção no meio urbano é fundamental para os prédios verdes", diz Marcelo de Andrade Romero, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Um edifício verde precisa ser sustentável desde seus primeiros dias de vida, reduzindo os transtornos na vida da cidade, como a quantidade de poeira, o trânsito intenso de caminhões e o barulho na fase de construção
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É preciso considerar também que, uma vez de pé, ele não pode sombrear totalmente um prédio vizinho. Deve usar a maior quantidade possível de material reciclado, como refugo de outras obras, ou que tenham rápida renovação na natureza. A compra de matéria-prima de localidades muito distantes deve ser evitada. Não faz sentido, por exemplo, um empreendimento de São Paulo ou do Rio de Janeiro trazer madeira certificada do Acre, já que essa operação envolve um elevado custo ambiental com o transporte.

CUSTO E RETORNO
Para obter a certificação verde, um prédio precisa cumprir vários requisitos: o projeto deve proporcionar eficiência energética, permitir a redução do consumo de água, usar material reciclado, melhorar a qualidade interna do ambiente e apresentar inovações tecnológicas. Com as soluções avançadas que adotam, os edifícios verdes custam até 7% mais do que prédios de alto padrão erguidos sem as mesmas preocupações ambientais. Trata-se de uma conta enganosa. Os prédios sustentáveis também estão se tornando uma exigência no mundo corporativo graças à redução de até 10% nas despesas com manutenção. "O retorno operacional dos edifícios certificados é rápido", diz Marcos Casado, gerente técnico do GBC Brasil. O preço do condomínio, evidentemente, diminui, mas não o do aluguel, que tem uma valorização alta. Segundo o portal Zap, maior banco de dados do mercado imobiliário do país, o preço do aluguel por metro quadrado em um prédio com o selo Leed chega a ser três vezes maior do que o de outros imóveis na mesma região.

Apesar da locação mais alta, muitas multinacionais buscam espaços nos prédios verdes para seguir o mesmo padrão de sustentabilidade adotado pela matriz no exterior. "No mundo dos negócios, estar num prédio verde é hoje uma preocupação da maioria das grandes companhias", afirma Roberto Aflalo Filho, sócio do escritório paulistano de arquitetura Aflalo & Gasperini, responsável pelos projetos do Eldorado Business Tower e do Eco Berrini. Aflalo Filho lembra que, nos anos 70, essa era uma preocupação no mundo da construção. A regra era erguer o prédio e vendê-lo rapidamente com o maior lucro possível. Nas duas décadas seguintes, os fundos de pensão passaram a investir em imóveis, o que levou ao surgimento de empreendimentos de alta durabilidade e baixo custo de manutenção. Nos anos 2000, novas tecnologias tornaram viáveis conceitos inovadores que custavam a sair das pranchetas. "A construção de um prédio verde é uma decisão econômica que leva em conta o investimento e o retorno. Um prédio que não incorpora essa visão é como um carro beberrão, que só se desvaloriza e acaba não sendo usado", diz Aflalo.

O valor de um prédio verde vai além do tangível - ele pode ser refletido na imagem das empresas que optam em habitá-lo. "Ao se instalar num edifício assim, uma empresa busca mostrar à sociedade que se preocupa com o meio ambiente", diz Romero, da USP. Pode até ser um passo importante, mas evidentemente não se trata da panaceia dos problemas de sustentabilidade corporativa. Na China está sendo construído o primeiro edifício sustentável com 100% de eficiência energética - produzirá toda a energia que consumir. Ainda em processo de certificação Leed, o Pearl River Tower, na cidade de Guangzhou, é um arranha-céu de 69 andares que prevê a geração de energia por meio de painéis solares e aerogeradores, ventilação em piso elevado e coletores de água da chuva.

Entre as empresas que ocuparão o espaço está a China National Tobacco Corporation, uma companhia polêmica por natureza.

LIDERANÇA AMERICANA
O Brasil é atualmente o quarto país do mundo com mais prédios corporativos verdes - 46 empreendimentos obtiveram o selo e outros 490 estão em processo de avaliação. Os Estados Unidos são, disparado, líderes nessa área, com 11 385 prédios verdes certificados, seguidos da China, com 210, e dos Emirados Árabes Unidos, com 50. Dos 44 prédios corporativos verdes no mundo com certificação platina, 33 são americanos. No coração de Manhattan, Nova York, fica a sede do Bank of America, cujo arranha-céu de 55 andares é considerado o edifício mais verde do mundo. Por estar ao lado da Times Square, onde há conexão para quatro linhas do metrô, o prédio do Bank of America dispensa garagens para carros. Na parte invisível para a maioria dos frequentadores, há um engenhoso sistema de armazenamento de gelo que supre 25% da necessidade de refrigeração anual do prédio, reduzindo os picos de energia, comuns em certas horas do dia. À noite, quando a maioria dos funcionários já foi embora dos escritórios, a sobra de eletricidade é usada para produzir gelo para o dia seguinte.

O primeiro prédio verde de Nova York foi o Hearst Tower, sede do grupo de mídia Hearst Corporation. A moderna torre, projetada pelo arquiteto britânico Norman Foster, foi concluída em 2004 e preservou as características do prédio original de três andares, construído em 1928. A torre gasta 26% menos energia do que um prédio convencional, retém 25% da água das chuvas e conseguiu diminuir em 869 toneladas a emissão anual de gases do efeito estufa, o correspondente à retirada de 174 carros das ruas.

Na Índia fica o único prédio corporativo fora dos Estados Unidos entre os cinco mais verdes do mundo. O Kalpataru Square foi o primeiro projeto na Ásia a obter a certificação Leed. Localizado próximo ao aeroporto de Mumbai, o empreendimento foi erguido para impulsionar o crescimento do distrito de negócios de Andheri. Seu projeto previu a redução de até 61% do escoamento da água de chuva, que é reaproveitada na irrigação dos jardins e nos vasos sanitários. Os indianos acreditam que empreendimentos como o Kalpataru Square podem estimular outras empresas a investir na melhoria de sua sede, ajudando a criar uma nova imagem para o país.

OS PRÉDIOS MAIS VERDES
O Brasil tem 46 prédios corporativos com o selo verde Leed. Abaixo, os cinco melhores. Apenas um deles, o Eldorado Business Tower, pertence à categoria máxima, platina

OS MELHORES DO BRASIL:
Eldorado Business Tower/São Paulo
Eco Berrini/São Paulo
Rochaverá Corporate Tower/São Paulo
WTorre Nações Unidas/São Paulo
WTorre JK/São Paulo
No mundo todo, os Estados Unidos lideram as certificações, com 11 385 prédios corporativos verdes. A seguir, o ranking dos cinco melhores do mundo

OS MELHORES DO MUNDO:
Bank of America Tower/Nova York, Estados Unidos
Banner Bank Building/Boise, Estados Unidos
1200 Nineteenth Street/Washington, Estados Unidos
Kalpataru Square/Mumbai, Índia
1800 Larimer/Denver, Estados Unidos

Fonte: Green Building Council


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Dia a Dia Fácil - Limpeza verde

 

Dá para limpar a casa toda com soluções naturais, que substituem de forma eficiente produtos como detergente, multiúso, antimofo... Você vai economizar muito, evitar alergias e outros problemas de saúde, e ainda ajudar a preservar o meio ambiente.

Vinagre, suco de limão e bicarbonato de sódio: com esse trio nas mãos, você ataca de mofo, limo e manchas a gordura, entupimento e odores fortes. Ele tem propriedades bactericidas, abrasivas e ácidas tão eficientes quanto os produtos industrializados, mas com a vantagem de não agredir a nossa saúde nem o meio ambiente. "O multiúso e o detergente contêm fosfato na fórmula, um elemento que facilita a remoção da gordura. Em excesso, porém, ele causa a eutrofização da água - processo que leva ao crescimento exagerado de algas e micro-organismos e, consequentemente, ao desequilíbrio ecológico", explica Márcio Augusto Araújo, consultor de ecoprodutos do Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica (SP).

Embora no Brasil a quantidade de fosfato seja controlada, imagine o efeito provocado quando milhões de pessoas usam os produtos indiscriminadamente. "Os itens industrializados podem ser rastrea­dos, mas pior mesmo são os fabricados em `fundo de quintal’, que muita gente compra sem conhecer a fórmula e os efeitos colaterais", diz o pesquisador Maurício Waldman (SP), autor do Guia Ecológico Doméstico (Ed. Contexto). Além das alergias na pele, podem ocorrer intoxicações causadas pelo forte odor e até envenenamento de animais domésticos. Abra mão também de detergentes, solventes e ceras que contenham compostos voláteis, cloro ou formaldeído, pois poluem o ar e provocam problemas respiratórios.

CONSUMO CONSCIENTE
Nas prateleiras dos supermercados já existem vários materiais de limpeza ecológicos, isentos de agentes químicos agressivos ou com o seu teor reduzido. Portanto, ao optar pelos industrializados, prefira os de baixo impacto ambiental. Maurício ressalta que é fundamental mudarmos os nossos hábitos de consumo. "As pessoas acham que basta limpar bem. Mas a ideia é sujar menos para dispor de uma quantidade menor de produtos químicos em casa, pois eles poluem os rios e matam os peixes. A água da máquina de lavar roupas que já tem sabão, por exemplo, é perfeita para higienizar o vaso sanitário ou tirar a sujeira do quintal", ensina.

PRODUTOS SEM QUÍMICA
Na hora de limpar a casa, use estas receitas que garantem um ótimo resultado a baixo custo, não fazem mal à saúde nem poluem o ambiente

Vinagre
Com alta concentração de ácido acético, o líquido funciona como um potente desinfetante e desengordurante. Os melhores para a limpeza são o branco (de álcool) e o de maçã.

Antimofo
Remova esse odor desagradável do armário limpando-o com um pano mbebido na mistura de 3 litros de água quente com 1 ou 2 colheres (sopa) de vinagre branco.

Fim da gordura
Ponha um pouco de vinagre puro sobre a gordura do fogão, deixe agir por um minuto e limpe.

Rejunte branquinho
Aplique vinagre puro com uma escovinha de dentes no rejunte do azulejo. Aguarde pelo menos duas horas para enxaguar com água. A dica também vale para limpar aquela parede com marcas de móveis ou de sapatos.


Brilho em vidros e espelhos
Dissolva 1 parte de vinagre em 4 de água quente e limpe essas superfícies. Os vidros ficam ainda mais transparentes!

Tapetes e carpetes novinhos
Para limpar essas peças, aplique uma mistura com a mesma quantidade de vinagre branco e água.

Amaciante
Substitua o produto convencional por 1/2 copo de vinagre no último enxágue da roupa. Ela fica supermacia...

Bicarbonato de sódio
À base de dióxido de carbono e hidróxido de sódio, o bicarbonato é bactericida e uma excelente alternativa para os produtos de limpeza abrasivos. Use-o, sempre com luvas, na limpeza da cozinha e para afastar odores desagradáveis.

Forno brilhante
Molhe um pano macio numa mistura de 1/2 litro de água quente e 3 colheres (sopa) de bicarbonato. Aplique em todo o forno e, após uma hora, retire-o com um pano úmido.


Ralos desentupidos
Misture bem 1 xícara (chá) de sal, 1 de bicarbonato e 1 litro de água quente. Jogue no ralo.

Carpete cheiroso
Para eliminar o odor forte, provocado por animais de estimação ou pela falta de ventilação no ambiente, pulverize bicarbonato de sódio sobre o carpete usando uma peneira grande. Deixe agir por dez minutos e aspire. Não passe vassoura para evitar que o tapete fique branco.

Geladeira limpinha
Sempre depois de finalizar a limpeza da geladeira e do freezer, passe um pano úmido com bicarbonato na parte interna para desinfetar o local.

Suco de limão
O ácido cítrico do fruto ajuda a dissolver o limo e até manchas de ferrugem.


Louça sem gordura
Dilua 1/4 de xícara (chá) de suco de limão em água e aplique na peça com um pano macio.

Antiferrugem
Retire esse tipo de mancha de talheres, grelhas e fogão esfregando a superfície com suco de limão e uma esponja.

MULTIÚSO CASEIRO
Num frasco de vinagre de maçã, junte 3 colheres (sopa) de bicarbonato de sódio e 1 copo de extrato de raspa de juá (árvore típica do Nordeste, também conhecida como juazeiro), à venda em lojas de produtos naturais. A solução tem validade de até seis meses se for guardada bem fechada e à sombra.


Importante
Mesmo os produtos sendo naturais, nunca deixe-os ao alcance de crianças e animais.

Fonte: Planeta Sustentável

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Imagens que mostram o resultado das mudanças climáticas no nosso planeta

A mudança climática está afetando o clima do mundo de muitas maneiras: secas, ondas de calor, nível do mar e tempestades. Confira algumas fotos que ilustram isso.
Docas no Rio Pedernale, no Texas, durante uma seca em julho de 2011.

Ursos polares sentados em cima de montes de gelo em fase de derretimento no Ártico. Os níveis foram diminuindo em um ritmo alarmante na última década.

Um sinal de trânsito submerso numa ilha vizinha ao Panamá, em setembro de 2012.

Seca generalizada na Somália, declarada a pior crise humanitária do mundo pela ONU em 2011.

Marés excepcionalmente alta e chuvas provocaram a inundação de Veneza por meses.

Um balanço não utilizado perto de uma lagoa que secou no Texas.

Turistas usam máscaras para ajudar a andar entre a fumaça causada pelos incêndios florestais causados em Moscou, em 2010. A Rússia viu a onda de calor mais extrema em mais de 130 anos de verão.

Dezenas de carros flutuando em Wangaratta, Austrália, após inundações devastadoras em 2010.


Via


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Janela para o verde

 

Estudos comprovam: ter vista para a natureza no ambiente de trabalho aumenta a produtividade. Buscando mais contato com a natureza em seus apartamentos e escritórios minúsculos, designers chineses criaram uma janela capaz de abrigar um jardim inteiro.

Diversos estudos provam que a vista da natureza em ambientes de trabalho aumenta a produtividade, além de reduzir a fadiga mental e o estresse, ao aumentar a capacidade de concentração. Se no Brasil já se sente falta de natureza em ambientes urbanos, imagine na China, onde a densidade demográfica é mais de seis vezes maior do que por aqui. Buscando mais contato com a natureza em seus apartamentos e escritórios minúsculos, um grupo de quatro designers chineses criou uma janela capaz de abrigar um jardim inteiro. A Plant Window pode ser encaixada em uma janela tradicional. Além de melhorar a visão que os moradores ou trabalhadores têm do prédio vizinho, o projeto funciona como uma estufa, mantendo amena a temperatura dos cômodos a partir da barreira natural que filtra os raios solares.

O cliente escolhe as plantas de acordo com seu gosto e necessidade, podendo trocá-las quando desejar. Quer deixar sua sala colorida? Plante flores. Mas, se você adora cozinhar, também é possível fazer da janela uma mini-horta, plantando temperos ou até vegetais pequenos
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Fonte: Planeta Sustentável


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Retrato da indiferença




Com o foco dos debates sobre resíduos urbano centrado na reciclagem, pouca atenção se tem dado a outra enorme - e perigosa - montanha de sujeira: os restos de alimento que vão para a lixeira. Dados recentemente divulgados pela FAO, o órgão das Nações Unidas que trata de alimentação e agricultura, mostram que a cada ano 1,3 bilhão de toneladas de comida, cerca de um terço de tudo o que se produz, são perdidas ou por manipulação indevida, ou por ser jogadas fora.

No Brasil, são mais de 25 milhões de toneladas de alimentos que vão parar no lixo todo ano, montante equivalente a 12 bilhões de reais e suficiente para alimentar 30 milhões de pessoas. Nos Estados Unidos, desperdiça-se ainda mais: a EPA, agência de proteção do meio ambiente, calcula que 30 milhões de toneladas de comida sejam eliminadas - de longe a maior parcela dos resíduos sólidos, em peso. Nas grandes cidades, os latões de restaurantes estão sempre lotados.

Por mais espantosos que sejam os números apenas pelo desperdício, restos de comida têm outro efeito deletério: lançados nos aterros, alimentos em geral se biodegradam, mas em contrapartida produzem gás metano, um dos grandes responsáveis pelo efeito estufa (23 vezes mais danoso do que o gás carbônico). Uma maneira simples de reverter o desperdício seria o encaminhamento dos restos aproveitáveis para comunidades carentes, prática pouco usada.

Outra é a compostagem, como é chamado o conjunto de técnicas para transformar resto de comida em adubo, também pouco praticada - nos Estados Unidos, a reciclagem de alimentos por este e outros métodos é de 2% do lixo total.

Fonte: Planeta Sustentável

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Economia criativa: ideias que valem ouro

 

 Se no passado recente o que fazia girar a economia eram parques industriais gigantescos, com capital investido em máquinas e funcionários e produção contada em milhares de produtos, hoje existe um vasto mercado em que as ideias geniais valem dinheiro. Essa é a base do conceito da economia criativa, que ganha força no Brasil e será um dos temas discutidos na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, de 13 a 22 deste mês. Segundo dados das Nações Unidas, 8% do PIB mundial é gerado por negócios em torno de música, literatura, design, moda, desenvolvimento de softwares, artesanato. Esse patrimônio cultural é chamado de intangível, mas os ganhos obtidos por meio dele são bem concretos.

Que o diga Steve Jobs, fundador da Apple, que chegou a faturar quase 26 bilhões de dólares. Da mesma forma, o garoto americano Mark Zuckerberg criou há oito anos o Facebook, a maior rede social do mundo; sua empresa virtual está avaliada em cerca de 100 bilhões de dólares! Negócios como esses e toda a discussão sobre direitos de propriedade intelectual foram "previstos" pelo economista inglês John Hawkins, autor de The Creative Economy - How People Make Money from Ideas (A economia criativa - como as pessoas ganham dinheiro com ideias), de 2001, um dos primeiros livros sobre o assunto.

No Brasil, também são muitos os exemplos de pessoas criativas à frente de negócios rentáveis e marcas reconhecidas mundialmente pela qualidade e originalidade. Quando o chef Alex Atala - cujo restaurante, o D.O.M., acaba de ser eleito o quarto melhor do mundo - tempera seus pratos com priprioca, um tipo de capim da Amazônia, ele está fazendo economia criativa. "O elo entre natureza e cultura é a comida. É preciso cozinhar e comer como cidadão", costuma dizer ele, que desbravou a culinária nacional viajando pelos sertões e conhecendo as comunidades que produzem os ingredientes empregados em suas criações gastronômicas. Assim chamou a atenção para si mesmo, para o país e gerou renda para centenas de pessoas, que permanecem em seus lugares de origem. Quem vai a seu restaurante, em São Paulo, vive uma experiência única, e esse fator, tão subjetivo, também gera concretamente dinheiro, emprego e oportunidade para todos os envolvidos.

"A economia criativa valoriza mais o processo do que o produto", sintetiza Claudia Leitão, que está à frente da recém-criada Secretaria da Economia Criativa do Ministério da Cultura (Minc). "São prioridades a inclusão e a cooperação. A criatividade brasileira, embora impalpável, é uma das nossas maiores riquezas e pode ser um caminho para o desenvolvimento do país e de todos os envolvidos. Um exemplo: do Oiapoque ao Chuí, as brasileiras bordam. Uma de nossas missões é desenvolver políticas públicas que estimulem e organizem a produção e a comercialização do bordado, para sustento dos autores e também para projetar nossa cultura", diz ela.

Alguns visionários perceberam esse tesouro e fizeram dele matéria-prima de suas produções notáveis. Um dos pioneiros foi o artista plástico Renato Imbroisi, que, há mais de 30 anos, cria peças incluindo no processo artesãs têxteis de Muquém, pequeno município de Minas Gerais. Seu trabalho é reconhecido na Europa, na África e no Japão. Também é o caso da designer de joias e bijoux Mary Arantes, nascida no Vale do Jequitinhonha; sua marca, Mary Design, emprega artesãos de vários lugares, orientados por ela. A jovem Mana Bernardes, artista plástica carioca cujas joias feitas com material reciclado foram premiadas aqui e no exterior, acredita que para o designer não basta criar. "É ele quem também desenha a forma de trabalhar e o desenvolvimento das pessoas, respeitando potencialidades individuais e conectando pontos em comum. Isso é economia criativa", define ela.

Com políticas públicas eficientes, esses e outros criadores poderiam fazer mais e incluir mais gente e mais conhecimento em suas obras. "Ocorre que a economia criativa por aqui ainda é incipiente", afirma Rubens Ricupero, economista, diplomata e representante permanente do Brasil na ONU. Ele acredita que o novo modelo contribui para o desenvolvimento, mas não trata o assunto com euforia. As nações com melhor educação, como Austrália (onde surgiu o conceito, na década de 1990) e Inglaterra, têm mais chance de produzir ideias geniais e mantê-las rentáveis, mesmo porque o governo facilita a produção e isenta de impostos os produtos do entretenimento. Já nos países pobres e emergentes, a realidade é outra.
 "Eu estava na ONU quando esse conceito começou a ser transposto para outros países, em 2000. A ideia era principalmente fazer com que a música gerasse renda na Jamaica e em Cuba, onde há muitos talentos, mas ganha-se pouco com isso; os melhores músicos acabam deixando seus lugares de origem. O Brasil, porém, tem potencial para incrementar a indústria do entretenimento. Basta ver nossa experiência bem-sucedida da exportação de novelas", lembra o economista. Em 2011, as tramas globais tiveram faturamento recorde: 11 bilhões de reais, quase dez vezes mais do que o total investido pelo Minc em projetos culturais.

O Brasil vive um bom momento para que os talentos e novos negócios desabrochem. Entre 2005 e 2011, as despesas com lazer aumentaram 40,7%, como mostra uma pesquisa da Cetelem-BGN, empresa que analisa perfis do consumidor brasileiro. O novo cenário nacional, com crescimento da classe média e mais acesso a bens materiais e culturais, estimulou o nascimento de novas empresas, como a XYZ Live. Criada pelo Grupo ABC, do publicitário Nizan Guanaes, a companhia surgiu em abril do ano passado e realizou megashows de Eric Clapton, Iron Maiden e Shakira, além de eventos esportivos, como o X-Fighters. A expectativa é atingir a receita de 600 milhões de reais até 2015. No Rio de Janeiro, o site queremos.com.br, criado por jovens apaixonados por música, capta recursos para realizar shows de bandas que, sem essa iniciativa, não chegariam à cidade - por exemplo: James Blake, Little Dragon, Mogwai. Eles calculam os custos de produção e, por meio das redes sociais, arrecadam o dinheiro e vendem os ingressos, tudo virtualmente. A cidade também ganha com isso, pois incrementa o lazer e atrai turistas.

AS CIDADES INOVADORAS
Iniciativas como essa, aliás, podem transformar uma cidade comum numa cidade criativa, outro conceito que promete bombar na Rio+20. A economista e administradora Ana Carla Fonseca Reis, organizadora do livro Cidades Criativas, Perspectivas (Câmara Brasileira do Livro), em parceria com Peter Kageyama, explica: "A conexão entre os bairros e os moradores de diferentes lugares, a inovação que essa pluralidade é capaz de gerar e as expressões culturais caracterizam uma cidade considerada criativa". Isso vai além de ter uma agenda cultural ativa e ser um polo turístico; trata-se de um lugar com soluções inovadoras para problemas urbanos. "Um exemplo é o bairro do Candeal, em Salvador, que era uma área muito vulnerável antes dos projetos sociais implantados por Carlinhos Brown para ensinar música a crianças e jovens. O trabalho chamou a atenção das autoridades e levou para lá água encanada, saneamento, luz; a escola melhorou. A cultura pode contribuir para oferecer mais qualidade de vida", cita a secretária Claudia
Leitão. Outro exemplo é Paraty, que há dez anos afastou o fantasma da decadência e atraiu os olhos do mundo ao realizar a Festa Literária de Paraty, a Flip.

LIBERDADE = AUTOESTIMA
A economia criativa propõe também uma mudança de mentalidade e começa a derrubar crenças arraigadas. A primeira é de que cultura é gasto, não investimento. A segunda, de que arte e dinheiro não se misturam ou que gente criativa é incompetente para lidar com o lado prático da vida. Hoje não basta dirigir o seu filme, tocar bem, produzir um disco ou simplesmente publicar livros: cada vez mais, os autores são convocados a administrar seus recursos, controlar suas produções e divulgar suas obras. Esse é o tempo da simultaneidade, de assumir várias funções para ganhar fãs, leitores, espectadores, territórios - enfim, cumprir o fluxo produtivo completo, com domínio do processo e mais autonomia. Isso também é um aspecto do desenvolvimento. Como apontou Amartya Sen, economista indiano que ganhou o Prêmio Nobel em 1998, "desenvolvimento é criação de liberdades". Tradução: um país desenvolvido não é só aquele que tem índices altos de crescimento, mas o que gera cidadãos capazes de tomar as próprias decisões. Essa capacidade de autogerenciamento e a possibilidade de fazer o que se gosta tendo a sobrevivência garantida influem na autoestima de um povo. "Trazem realização, dignidade e geram menos injustiça. Somos favorecidos pela nossa diversidade", diz Claudia Leitão, que estima um prazo de 20 anos para sentirmos os efeitos dessa transformação de corações, mentes - e bolsos.

Fonte: Planeta Sustentável

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Saco é um Saco




Durante muito tempo,

utilizar sacos e sacolas plásticas era algo normal e aparentemente inofensivo. Apenas recentemente o cidadão comum e mesmo os ambientalistas descobriram o real impacto causado pelos sacos plásticos na natureza.

Chamar a atenção sobre o enorme impacto ambiental dos sacos plásticos

e sugerir outros caminhos para um consumo consciente é o objetivo maior desta campanha lançada pelo Ministério do Meio Ambiente, e que tem um nome super sugestivo: Saco É Um Saco.
E se você pensar, realmente, saco plástico é um saco pra cidade, pro planeta, pro futuro e pra você!
Os sacos e sacolas plásticas são produzidos a partir do petróleo ou gás natural, dois tipos de recursos naturais não-renováveis.
O impacto das sacolinhas começa aí: como consumimos sacolas plásticas aos bilhões em todo o mundo, e sendo elas descartáveis, a pressão por esses recursos naturais só aumenta.
Depois de extraído, o petróleo passa pelo refino, que consome água e energia e ainda emite gases de efeito estufa e efluentes.

O plástico é um material altamente resistente, e por isso as sacolas plásticas podem durar até 400 anos na natureza!

Enquanto isso, elas ajudam a deixar mais sujas as cidades, florestas e oceanos, sendo depósito para água das chuvas e berçário para mosquitos, entupindo bueiros e causando a morte de animais.
A sacola plástica não é a vilã do meio ambiente, mas seu consumo excessivo é um grande problema ambiental.

E O QUE FAZER?

Os problemas ambientais das sacolinhas plásticas são muitos, por que elas são muitas - são bilhões todos os anos! - e está em nossas mãos diminuir esse impacto. A saída mais saudável é você, aliás, somos todos nós mudarmos hábitos que nos acompanham há muitos anos. Pode não parecer lá muito fácil... mas é!

Você está em um supermercado e na hora que o rapaz for ensacar as suas compras, diga apenas: "Não, obrigado!". Leve suas compras em sacolas retornáveis ou caixas de papelão que muitas lojas já oferecem aos seus clientes. É desta forma que, pouco a pouco, as coisas vão se transformando. O que você fez se chama consumo consciente.
Portanto, participe! Descubra neste site outras dicas de como você pode reduzir seu consumo de sacolas plásticas e que, muitas vezes, você pode apenas dizer "não, obrigado!".
Recusar ou diminuir o consumo de sacos e sacolas plásticas, adotar uma sacola retornável ou outra alternativa são ações típicas do consumidor consciente. Reduzir o consumo de sacolas plásticas é só o começo de uma sociedade mais sustentável.

Saco é um saco. Pra cidade, pro planeta, pro futuro e pra você.


A campanha do Ministério do Meio Ambiente tem o apoio de diversas instituições e empresas que defendem o consumo consciente.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Turma da Mônica - Um Plano Para Salvar o Planeta


Primeira parte do episódio da turminha, especial de férias, passado no dia 14 de Julho de 2011. O Episódio já foi pessa de teatro, mas foi pra TV para mostrar que todos nós temos que cuidar do Meio Ambiente. Me desculpem pelo aúdio atrasado.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

É preciso reciclar - Turma da Mônica



Música de Márcio Araujo e Robson Bala, interpretada pelos personagens da Turma da Mônica, que conscientiza as crianças sobre a importância da reciclagem.
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