Chego a conclusão ao analisar a questão da sustentabilidade que sofremos de miopia aguda por muitos anos.
Muito além da análise de nossas estruturas empresariais, do nosso jeito de fazer negócios, da maneira como construímos carreiras ou lidamos com as questões culturais e sociais de nossa civilização, estão as mudanças do nosso planeta.
Vamos aos fatos, há 300 milhões de anos o continente americano iniciou seu afastamento do continente africano, a última era glacial se iniciou a mais de 12 mil anos e o degelo produziu ondas catastróficas que mudaram vastas áreas da Terra, transformando áreas costeiras habitadas em cidades submersas; o degelo é contínuo e avança dia a dia.
Temos vivido, inundações, furacões, terremotos… no Haiti, no Chile. Vulcões dão sinais de seu poderio como aquele que derrete geleiras ao sul da Islândia.
Pergunto: será que ao invés de resistirmos a estas mudanças não deveríamos assumir que elas são parte de nossas vidas, porque são naturais, e assim organizar nossa sociedade para conviver com as mudanças do ambiente de nosso planeta?
Tenho acompanhado algumas destas iniciativas, obras fantásticas da engenharia. Edifícios resistentes ao vento e a tremores na costa leste dos Estados Unidos, casas flutuantes na Holanda, barragens e cinturões que estão sendo estudados para proteger patrimônios históricos como aqueles em Veneza na Itália e outras mais.
Ouso dizer que precisaremos rever nossos conceitos de propriedade, da terra, porque ela está em constante movimento, sendo invadida pelas águas ou engolida pelas fendas nos terremotos. Como será no futuro nossa relação de propriedade se vivermos no espaço? Será que teremos uma certidão de nosso pedaço de céu?
Enfim, a única coisa da qual temos certeza é que desde que o mundo é mundo, ele está em constante mudança e isto não podemos mudar… já diziam nossos consultores.
Por Flavia Goldenberg
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